Friday, December 17, 2010

E se Deus fosse negro...?

Hoje estou inspirado, sabem?
Estou num daqueles dias em que a intelectualidade me fala mais alto.
Quero propor-vos um diálogo limpo. Sem falar de coisas vulgares e sem sentido. sinto-me um improfilósofo hoje. Tudo começou esta manhã. No wc mais precisamente. Já vos ocorreu inspirarem-se enquanto expelem dejectos do vosso corpo? E quanto mais duradoura a excreção mais intensa vai ficando a inspiração... e no meio dos suores esforçados provocados pela actividade defecatória se atinge o expoente da brilhantez mental. Foi assim que começou o meio dia. Da merda se fez o génio!

Já repararam nas representações que existem de Deus?
Como são? Branco, na casa dos 30 anos, com cabelo barba... rosto comprido, alto e magro, certo? Chapéu de chifrinhos à volta da cabeça e um fato de banho improvisado a tapar as partes íntimas.Essa é a representação de Deus na visão ocidental. Cristãos, protestantes, IURDISTAS e outros de religiões primas seguem mais ou menos essa imagem de Deus.
Para os orientais, temos a imagem de Buda como Deus. Asiático, gordo, sentado e vestido, com cabelo escuro, com tranças ou careca. Brincos e um ar de estar em meditação.
Para os muçulmanos é um profeta mascarado, porque não se pode ver a sua cara...

Pensemos um pouco no que cada um representa. O branco é a imagem de um hippie, tipo aqueles dos anos 60, com cabelos compridos e que fumavam passas gritando peace and love com umas calças cor de rosa e uma camisa cheia de flores aberta até ao peito.
E o asiático. O nome não está nada mau: Buda. É um nome simples e familiar, tipo alcunha de casa. Todos nós acabamos conhecendo um gordinho de alcunha Buda. Mas a cena dele, de estar sentado, numa onda de relaxamento interminável é um certo incentivo à preguiça. Daí ser gordo, pela falta de exercício e a onde de tranças e às vezes brincos também não acho que fique muito bem.
Agora, o muçulmano, Maomé... curto a cena dele das 7 virgens para cada um, mas o problema das virgens é que só servem uma vez. Só são virgens até à primeira vez. Depois o rótulo fica sem sentido. Daí que ache que não é estímulo suficiente para nos juntarmos a ele. À quinta virgem começaríamos a ficar com medo. A gerir as outras duas restantes para não acabar o stock. E para além disso, eu na verdade, não entendo esse fascínio em relação às virgens... eu já estive com virgens e confesso que não me deu especial prazer. Quem quer estar com alguém que não sabe o que está a fazer naquele momento? Mexem demais, ora de menos. Pernas em sítios onde não deviam estar. Braços trocados...
Como negro não me revejo em nenhum deles como inspirador ideal para a nossa raça.
Se o Deus branco fosse actualizado eu haveria de propor um James Bond assim. Mas na onda em que estão iriam escolher um Elton John...
Se o Deus asiático fosse modernizado teria que ser um Bruce Lee, mas não, iriam optar por uma imagem dum lutador de sumo. Conhecem sumo neh?
O muçulmano tem a vantagem de não precisar de ser actualizado porque a máscara no rosto está sempre na moda.
Agora, o meu grande desafio é... e se Deus fosse negro?
Eu ainda não tenho uma proposta para apresentar, mas sei que nenhum verdadeiro macho negro se pode rever num dos modelos que existem actualmente. Temos que procurar o Deus negro para nos inspirarmos e encontrarmos um futuro melhor. Por isso é que somos a raça mais pobre. Estamos orfãos de Deus...
Então é esse o desafio que vos quero lançar… se Deus fosse negro… como seria? Cara de quem? Corpo de quem? Cabeça de quem?
Pura teologia improrisatica meus caros!

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