Friday, December 17, 2010

A minha Pilinha

Ola meus amigos! E bom, de facto, estar de volta aos palcos de ImproRiso. Confesso que estava com algumas saudades de estar aqui. Talvez porque seja a unica altura da minha vida em que consigo ter vinte mulheres a olhar para mim ao mesmo tempo... uma experiencia unica, deviam experimentar!

Mas o tema que vos trago hoje, na verdade nao deve ser do interesse de muita gente, mas eh um assunto que me diz muito. Trata-se de uma inquietacao muito pessoal e que vou partilhar convosco porque me sinto em casa aqui neste palco. Alias, estou tao em casa, tao a vontade que o proximo passo sera comecar a actuar de pijama.

Mas, como dizia, eu quero falar-vos de uma parte do meu corpo. Aquela parte mesmo que estao a pensar e que ela esta a olhar ha dois minutos... isso mesmo, vou falar da minha pilinha. Pilinha, palhinha, gaita, mangueira, bagulho, canivete, x-acto, bichinho, catana, salsicha, chourico, verga, mastro... sao todos nomes para a mesma coisa. Ja tive uma namorada que gostava de se referir a ele como um diminuitivo do meu nome: Mabombinho... ao fim de um tempo ja era so Bombinho. Escusado sera dizer que com esse nome tao ridiculo ele nao funcionava tao bem. Sabem como eh, a pressao era demasiada. Eu gosto mais de pilinha, ate porque foi a forma como ele me foi apresentado pelos meus pais.
A mim irritam-me os mitos que rodeiam as nossas pilinhas. Irritam-me e inibem-me. Aposto que os homens aqui presentes sabem do que estou a falar. Eu tenho duas coisas que me tornam num alvo muito facil para esses mitos: sou alto e sou negro.
Primeiro, sendo alto, ha mulheres, saiba-se la porque, que acham que a pilinha cresce em funcao da altura da pessoa. Nao. Nao e nao. Deus foi justo e nao quis embaracar homens baixos como o Felix ou como o Carlos. As nossas pilinhas nao se desenvolvem acompanhando a nossa altura. Que fique claro isto para todos! Sendo alto tenho muitas mulheres que vem ter comigo. Tem expectativas... fantasias...e elas caem por terra na hora H. Olham e dizem: “Oh, afinal eh normal?!” e eu la fico... frustrado por ser normal. Nao faz sentido. Alias, com a frustracao ate acabo ficando anao... eh embaracoso.
Por outro lado, sendo negro surge a mesma coisa. Ha brancas que vem ter comigo em busca de uma regua de 50 centimetros que nao encontram e la vem a mesma coisa “Oh, afinal eh normal?!”. Para mim, a culpa eh da industria porno sabem? Criaram estes homens negros de pilinhas deformadas que mal se conseguem levantar discretamente e fizeram deles um padrao que nao existe. Eh verdade, todas as mulheres aqui sabem que eh verdade. As nossas pilinhas sao normais. Com dias bons e outros melhores. Maratonistas as vezes e outras corredores de cem metros em quinze segundos. mas, acima de tudo, normais. As nossas pilinhas sao simples e humildes mineiros carecas que usam bata e la vao, sem iluminacao, numa viagem apertada e sem direccao para as quentes minas do centro do pais. Nao eh facil nao, acreditem. Por isso que no fim de cada viagem elas acabam vomitando.
Ser negro faz com que tenha uma pilinha maior que uma pilinha de um homem chines ou mesmo de um homem branco. Mas isso eh normal. Eh como a diferenca de cor ou de cabelo. Mas nao, nao trazemos comboios dentro das calcas.
Estou cansado destas situacoes, sabem? Parece que ser normal eh mau? Faz sentido?

E outra coisa, ficam ja a saber que essas pilinhas grandes sao muito desagradaveis. Para o dono e para a dona. Uma vez conheci um amigo que tinha um desses mineiros gigantes... (pausa)...sei porque andavamos no mesmo ginasio, so para que fique claro! Mas como dizia, ele queixava-se muito. Assustava e provocava dor nas mulheres e ele nao conseguia ter o prazer que esperava. Eh como as mulheres com peitos gigantes. Como sofrem... heich! Dores nas costas, desconforto... eu sei que nao eh facil. Essas admiracoes que temos por tamanhos gigantes eh resultado de nunca os termos provado, acreditem.

Por isso, minhas senhoras, contentem-se com um mineiro tranquilo, pacifico e normal. Desde que seja um trabalhador aplicado nao se queixem tanto. Apreciem a beleza da normalidade... a minha pilinha agradece!

No comments: